Temporada de Premiações - Whiplash

Whiplash

"Whiplash - Em busca de perfeição", como o título foi traduzido, é um filme de drama escrito e dirigido por Damien Chazelle (Grand Piano), e estrelado por Miles Teller (Divergente) e J.K. Simmons (J. Jonah do Spider-Man de 2002).

O enredo tem como partido a força de vontade de Andrew, um jovem de 19 anos, a se tornar um grande baterista. Ele praticamente dá sua alma para ser um dos melhores. Depois de muito suor, ele consegue uma vaga para ser o baterista - substituto - da banda principal do conservatório em que estuda. O maestro dessa banda é Fletcher, um professor exigente e de poucos elogios aos integrantes de sua banda. Totalmente rigoroso, Andrew chega a sentir que Fletcher faz de sua vida um inferno, mas não desiste. Decide, então, desistir de qualquer coisa da sua vida que não tenha a ver com seu sonho de se tornar um grande baterista.


O interessante é saber a razão de Fletcher ser assim. Do mesmo jeito que Andrew busca ser um baterista renomado, o professor procura achar um lenda do Jazz. Ele diz que se for para ser gentil com todos de sua banda, eles não procurarão melhorar cada vez mais e  iriam acabar se acomodando. Mas quando existe alguém por trás de você, puxando muito seu pé, você na maioria das vezes vai querer mostrar que consegue, sim, ser melhor do que acham. E é dessa forma que ele poderia achar a estrela do Jazz em sua banda.

Terence Fletcher: "I never really had a Charlie Parker. But I tried. I actually fucking tried. And that's more than most people ever do."

Enquanto eu assistia ao filme, percebi que a pressão que Andrew colocava sobre si mesmo, me lembrou exatamente "Cisne Negro". Eu, em particular, acho bem interessante filmes que retratam personagens ambiciosos que o sofrimento que essa ambição traz, é apenas algo pequeno. Como por exemplo, as vezes que Andrew tentava dar o seu máximo, tentando tocar a bateria cada vez mais rápido, e assim, acabava machucando totalmente seus dedos, e o sangue escorria pelas baquetas e o tambor.

Apenas tenho elogios ao diretor do filme, e a fotografia. Os closes nos movimentos exercidos por Andrew enquanto tocava a bateria, são ótimos, de forma em que nas cenas em que Andrew está dando o seu máximo para impressionar Fletcher, o plano fechado nos faz sentir uma sensação claustrofóbica, e a apreensão é passada facilmente para o público. A utilização de planos que mudam com relação ao ritmo da música, é outra coisa fantástica utilizada pelo diretor. Como eu disse, apenas elogios.

Tem tempo que não era feito um filme não biográfico que retrata uma carreira musical, e espero que com o sucesso de "Whiplash", diretores e roteiristas parem de pensar em apenas adaptações ou biografias, e que criem mais filmes como "Whiplash".

E ah, prepare o fôlego, pois os últimos 20 minutos do filme irá acabar com o seu. Um final MUITO bom, para um filme MUITO bom.

Sobre o Oscar, para mim, acontece o mesmo do Golden Globes. J.K. Simmons com certeza leva a estatueta de ator coadjuvante.

O filme leva nota:

Um pequeno Ps: Gente, então, o Girl from Oz é um blog novo. Queria pedir que se fosse possível, vocês curtissem a página dele no Facebook, apenas clicar AQUI. E quem quiser seguir o blog, siga a vontade, hahaha. (Infelizmente começo de blog é isso né, ficar com essas divulgaçõezinhas chatinhas). Obrigada e até o próximo post <3